segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
eu não tenho mais assuntos ou razões para escrever; esse blog tá oficialmente fechado agora.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
*melhor filme dos últimos meses: Xeque - Mate (ou Lucky Number Slevin)
é daqueles que você vê e fala: rên!
mais informações aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Lucky_Number_Slevin
e aqui: http://abesapiendiz.blogspot.com/2007/02/xeque-mate.html
só haverá próximo post depois da manifestação.
deve ser algum (a) designer/publicitária (entre outras profissões que exijam macs) que fica o dia inteiro à toa na frente do pc e tem que se ocupar de alguma forma. apareça, ser! hehehehe
*tem uma galera de outros países, vários estranhos (até Tailândia já rolou).
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
De cogitare, "pensar", em latim... Machado de Assis, em seus livros, freqüentemente usa o verbo "cuidar" com este sentido latino...
Quando se está "cuidando" (tratando) de alguém, está-se tb pensando nesta pessoa, no bem dela...
(.........)
Assim, se alguém cuida de outro, isto significa que seu pensar está voltado para esta pessoa. Daí a razão de "cuidar" estar relacionado com "amar", por exemplo. "Quem ama, cuida!", ou, na formula nupcial: "Prometo amar, cuidar..." Há uma proximidade de pensamento com o sentido de "consideração" e também com "respeito", pois quem considera outra pessoa, (normalmente com sentido positivo), a leva em conta, pensa nela, se concentra nela. Este tipo de concentração devota é o germe da devoção amorosa. Como "respeitar" tem o sentido inicial de "olhar novamente", segundo post já editado aqui, segue uma linha semelhante de pensamento. Se olha segunda vez, é porque tal pessoa ou coisa captou a atenção e os pensamentos do observador. Hoje, a palavra "respeitar" significa mais ou menos "obedecer aos limites dos direitos e deveres para com outrem", o que é uma das bases de um relacionamento sadio. Daí, ser comum entre pessoas que se dão bem e que se amam dizerem um ao outro: "Você não sai do meu pensamento!"
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Retrato
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Abrir a porta sem ruído, cuidado para que o metal da chave no metal da fechadura não grite agudo acordando os outros. Tira os sapatos, o corpo vacila, arrota, a mão vai roçando pela parede fria até o corrimão: dezenove degraus, anos de aprendizagem. Dentro do escuro, o retângulo mais claro da porta do banheiro. Acende a luz, mas não é necessário, luz cinza forte que vara as frestas. No espelho cabelos caindo, olhos inchados na cara branca, a culpa é deles que deixaram tudo torto assim ou é a gente mesmo que está envelhecendo sem achar outra coisa, hein, cara? Abrir o chuveiro, a água pinga gotas geladas contra os mosaicos do piso, harmonizando primeiro com as batidas do coração, depois com as contrações do estômago. Levanta a tampa cor-de-rosa da privada, num salto o estômago sobe até a garganta escura ardida de cigarros, de palavras, de cervejas. Apenas curva a parte superior do corpo, e vai caindo devagar, os braços enlaçando a louça colorida como se fosse o corpo de Sonia Braga, cabeça enfiada no vaso, dedo na garganta. Bem fundo — imaginar, imaginar—, bem fundo. Então vomita vomita vomita vomita vomita vomita vomita. Sete vezes, feito um ritual.
Amanhã tem mais.
Loucura, Chiclete e Som - Caio Fernando Abreu
*o famoooooso "ritual-do-gorfo"
link para quem quiser ler na íntegra: http://semamorsoaloucura.blogspot.com/2007/07/loucura-chiclete-som.html
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
legenda da foto: "ah, você tá de sacanagem..."
*minha mãe estava testando todos os jeitos possíveis de tirar foto com a câmera para ver como a imagem ficava melhor e a modelo tinha que ser eu, tem umas 15 fotos iguais a essa na mesma pasta.
*igreja de Bom Jesus da Lapa - tava rolando alguma comemoração católica, por isso a lotação.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
(eu tô sem saco pra concluir meu raciocínio, na verdade eu deveria estar estudando o alfabeto fonético - um saaaaaaaaco).
domingo, 18 de novembro de 2007
conseguiu???
Marina diz:
tentando
- Rê Bordosa - diz:
e aí????
Marina diz:
uai
Marina diz:
tentando ainda
Marina diz:
ai dpeois ter q comprar gol ai
- Rê Bordosa - diz:
pra goiania?
Marina diz:
é
Marina diz:
o viagem q vai sair cara
Marina diz:
dava um tour na europa
- Rê Bordosa - diz:
vc vai me ver...
- Rê Bordosa - diz:
pra que europa??
Marina diz:
hahahahahhahahahah
Marina diz:
JAMAICA
Marina diz:
HAWAII
- Rê Bordosa - diz:
hehehehehehe
- Rê Bordosa - diz:
mas tudo sem mim
- Rê Bordosa - diz:
monótono
- Rê Bordosa - diz:
sem graça
Marina diz:
mas onde o ser vai
Marina diz:
GOIANIA
Marina diz:
ahhahahaha
- Rê Bordosa - diz:
kkkkkkkkkkkkkk
Marina diz:
é verdadew
=D
=D
=D
=D
*ê, lê lê... só isso pra salvar o ano.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
*sabe aquela vontade profunda de ser professora? ela inexiste para o meu ser.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
isto é assim mesmo. Somente então o verdadeiro significado do sofrimento humano fica claro. No
último momento desesperado - quando já não podemos sofrer mais! - algo acontece, com a
natureza de um milagre. A grande ferida aberta que vertia o sangue da vida se fecha, o
organismo floresce como uma roseira. Estamos "livres", por fim, e não "com saudades da
Rússia", mas com a ânsia de mais liberdade, de mais felicidade. A árvore da vida é
mantida viva não por meio de lágrimas, mas pelo conhecimento de que a liberdade é real e
perpétua."
....e, conseqüentemente, Henry Miller vem junto...
"Na manhã em que me levantei para começar este livro tossi. Algo estava a sair-me da garganta, a estrangular-me. Rasguei o cordão que o retinha e arranquei-o. Voltei para a cama e disse: Acabo de cuspir o coração."
Eis que Anaïs Nin volta à minha vida num dia chuvoso, acho que ela sempre apareceu em dias assim.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Morcheeba - Slow down
muuuuuuuito atrasada para o horário da fofoca.
sábado, 3 de novembro de 2007
HOMEM, O ANIMAL INSONE
(E. M. Cioran)
Quem quer que tenha dito que o sono é o equivalente da esperança teve uma intuição penetrante da assustadora importância não só do sono mas também da insônia! A importância da insônia é tão colossal que sou tentado a definir o homem como sendo o animal que não pode dormir. Por que chamá-lo de animal racional, se há outros igualmente razoáveis? Mas não existe outro animal em toda a criação que queira dormir e não possa. O sono é esquecimento: o drama da vida, suas complicações e obsessões se desfazem completamente, e cada despertar é um novo começo, uma nova esperança. Assim a vida mantém uma agradável descontinuidade, a ilusão de uma permanente regeneração. A insônia, por sua vez, da à luz um sentimento de tristeza irrevogável, de desespero e agonia. O homem saudável – o animal – apenas chapinha na insônia: ele nada sabe sobre esses que dariam um reino por uma hora de sono inconsciente, esses que se horrorizam tanto diante de uma cama quanto diante de uma mesa de tortura. Há um vínculo estreito entre a insônia e o desespero. A perda da esperança vem com a perda do sono. A diferença entre o paraíso e o inferno: pode-se sempre dormir no paraíso, mas nunca no inferno. Deus puniu o homem tirando-lhe o sono e dando-lhe o conhecimento. Não é a privação do sono uma das torturas mais cruéis praticadas nas prisões? Os loucos sofrem enormemente com a insônia, daí as suas depressões, o seu desgosto com a vida, e os seus impulsos suicidas. Não é a sensação –típica das alucinações acordadas – de mergulhar num abismo uma forma de loucura? Os que cometem suicídio atirando-se de pontes para dentro dos rios ou de edifícios sobre os calçamentos, motiva-os por certo um desejo cego de cair e a atração ofuscante das profundezas abismais.
Minha alma é caos, como pode então ser? Tudo está em mim: procura e encontrarás. Sou um fóssil que data do princípio do mundo: nem todos os seus elementos cristalizaram completamente, o caos inicial ainda transparece. Sou a absoluta contradição, o clímax das antinomias, o último limite das tensões; em mim tudo é possível, pois sou aquele que no momento supremo, diante do nada absoluto, gargalhará.
*On the heights of despair – Tradução de Renato Suttana
quarta passada, Athena:
- leeeeet´s make lots of money... lalalala
- você gosta de Pet Shop Boys?
- claro!
- nossa, você é a única menina que eu conheço que gosta
- eu tenho um lado muito gay.
sim, eu assumi; eu tenho um lado MUITO gay! (mas confesso não gostar tanto assim da Cher.... mentira!)
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Arnaldo E Alexandre - Do Outro Lado Da Cidade Lyrics
Hoje eu vou voltar de madrugada,
Sei que ela vai brigar comigo,
Hoje o meu astral não tá com nada,
Vou beber cerveja com os amigos...
Ela não tem culpa dos meus erros,
Ela não conhece o meu passado,
Enquanto ela me abraça e me beija,
Meu coração está do outro lado...
Do outro lado da cidade tem,
Alguém que me deixa dividido,
Uma diz que sou um bom amante,
A outra diz que sou um bom marido...
Se eu pudesse ficar com as duas,
Não estaria neste embaraço,
Vou ter que fazer só uma feliz,
Porque eu não acho certo o que faço...
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
*provavelmente você nem tem mais o endereço do meu blog, eu também não tenho o seu e sempre esqueço de pedir. quem sabe um dia você entra e vê as musiquinhas? melhor ainda, quem sabe um dia você entra e resolve BAIXAR as musiquinhas? na verdade isso tudo faz parte da minha evolução-contra-a-preguiça-que-me-domina; antes eu sequer conseguia mandar e-mail, agora sou um ser melhor, evoluído, espiritualizado, etc.
a dita cuja: Kassin+2 - Namorados
terça-feira, 16 de outubro de 2007
"Se antes de cada acto nosso nos puséssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as provávéis, depois as possíveis, depois as imagináveis, nao chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar".
(Ensaio sobre a cegueira)
perdi as contas de quantas vezes peguei esse livro pra ler e, de alguma forma, ele sumiu de mim.
*agora = 5 anos atrás até esse exato segundo.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
tenho me apaixonado cada vez mais por Emil Cioran - e cada vez menos por inúmeros outros "seres".
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
domingo, 30 de setembro de 2007
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
(...)
Carlos Drummond de Andrade - Quero
sou obrigada a discordar do Drummond nesse poema, não consigo sequer imaginar o quão banal essa frase seria quando repetida inúmeras vezes. Eu te amo, eu te amo, eu te amo... chega uma hora que vira meramente linguagem fática, não? como quando você repete seqüencialmente a palavra casebre; depois de um tempo o sentido em si some da sua mente e fica só um agrupamento de sons. o resto do poema eu não lembro de cor, discorre toda uma teoria de que ele só teria certeza de ser amado se a sua amante ficasse falando o tempo todo que o amava, é claro que com as palavras de Drummond tudo adquire um floreio, mas é basicamente isso. será que as pessoas realmente precisam tanto assim dessas palavras para crerem num sentimento? eu tenho medo de pensar isso.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Eu realmente não entendo a poesia que existe em São Paulo, acho que a cidade é tão feia, tão poluída (de todas as formas), tão "gasta" e tão assustadora que as pessoas se vêem obrigadas a achar algo de belo no meio disso tudo. Acho que vou morrer sem gostar dessa cidade, se depender de mim nunca mais respiro aquela fumaça densa que vai adentrando os pulmões quase sem vida - e olha que eu fumo.
As pichações, o MASP, Ibirapuera, as "melhores baladas", o sotaque irritante, o pão com mortadela, a Paulista; por mim explodiria tudo e começaria tudo do zero, de volta ao batidão de terra. A única coisa que me interessa em São Paulo são as estradas rumo às praias - que, para quem conhece o Nordeste, parecem piada.
Link da foto: www.fotolog.com/playgroundlover
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Ultimamente tenho tudo uma vontade incontrolável de conhecer o mundo coincidindo com o meu desejo de casar, eu não poderia deixar de ser contraditória nunca. Eu não consigo parar de pensar naquele cartão-postal: ”esse mundo é muito grande para ficarmos num só lugar”. É, há muitas opções. Diante de tudo eu tenho duas hipóteses: espero me estabilizar na vida para poder fazer uma viagem confortável ou encaro um mochilão de verdade logo após formar.
Eu estudei por pelo menos 18 anos da minha vida para ter um canudo em minhas mãos; no começo era um simples objeto que simbolizava uma troca de “tia”, uma noite de festa e o começa das férias. Os anos passaram e o canudo passou a simbolizar uma independência embalada que se soltaria e seria minha maior posse (única até então) num simples estalar de dedos. Quanto mais penso do fim da minha faculdade me vem a certeza de que essa “liberdade” sempre estará bem longe de mim, a diferença é que à medida que os anos me devoram, ela se encontra em mãos diferentes. Poderia me enganar com pequenas conquistas: roupas caras, carros, uma cobertura em frente a praia, baladas caras e extremamente disputadas; o problema é a falta de encanto – e até banalidade – que vejo nisso tudo. O meu grande sonho era ter esse tipo de ambição, ser “alguém na vida”, a pessoa com quem você não tem nem idéia de quem seja enquanto me desacata, a dona da empresa, do bairro, de tudo – acredito que quando se é megalomaníaco assim, não há espaço para tristezas ou vazio.
É claro que eu posso muito bem parar de ser radical e sentar minha bunda numa cadeira esperando minhas ridículas férias, ano após ano, até chegar a tão almejada aposentadoria. Com o dinheiro dos meus anos de trabalho posso finalmente conhecer os lugares que ainda estarão lá, eu espero; resta-me torcer para que o ânimo não tenha se esvaído após tanto tempo de descrença, contas, impostos, cansaço. Quem sabe eu me torne uma velha amarga e cheia de dinheiro por não ter com o que gastar, o meu fim talvez chegue com um pôr-do-sol tranqüilo acompanhado de um daiquiri no deck do Café del Mar.
Na realidade o nosso sistema de viver nunca fez sentido nenhum na minha cabeça, a única solução seria passar de lugar em lugar para não ser obrigada a me encaixar em nenhum.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Uma das suas poucas diversões era fazer bolas de sabão projetando-as para a rua, deixava sempre um copinho com sabão em uma escrivaninha ao lado da cama. O quarto se constituía assim: a cama era encostada na parede da porta, do lado esquerdo esquerdo ficava a escrivaninha, na parede à esquerda da cama estava a janela e, por fim, à frente da janela era colocada uma cadeira. Ninguém tinha consciência, mas nos últimos anos havia sempre um diário e uma caneta ao lado do copo com sabão; sua última anotação fôra: dói bem aqui - alguns meses antes do que chamavam enlouquecimento.
Pouco se sabe sobre ela, as pessoas costumavam não notar sua presença; às vezes um ou outro se surpreendia ao se deparar com ela ainda ali, soprando bolhas, mandando seus pensamentos pelo ar na falta de tinta para escrevê-los em papel.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
acho que Caldas Novas sempre vai me lembrar aquelas nossas viagens com o porta-malas repleto de milhopãs, pães de forma, presunto e latinhas de coca-cola; ela sabia exatamente todas as coisas que eu gostava e a forma como eu gostava, minha mãe até hoje não sabe que eu não gosto de queijo. eu lembro do cheiro daquela casa, da cor das paredes, dos papéis na gaveta, da textura do baralho, das vozes, da sonolência ao me acompanhar pela madrugada.... acima de tudo eu lembro do amor, da atenção, do orgulho, do brilho nos olhos; será que um dia eu vou ser novamente a "garota dos olhos" de alguém? será que eu mereço novamente esse tipo de amor tão cuidadoso? a verdade é que eu acho que não sei mais ser cuidada, não sei mais pedir colo, não sei nem se me portarei bem ao recebê-lo; sinto que passei metade da minha vida atrás de carinho e atenção e outra metade dela correndo justamente disso.